Retrofit de linhas de envase com instalação de RABS: modernização alinhada a revisão da IN-3

O retrofit de máquinas de envase com aplicação de sistemas de barreira de acesso restrito (RABS – Restricted Access Barrier System) vem se consolidando como uma estratégia eficiente e econômica para adequar linhas de produção de medicamentos estéreis ao novo Anexo 1 do GMP EU (EMA). Essa abordagem possibilita modernizar equipamentos já instalados, reduzindo custos em comparação com a substituição total e garantindo maior proteção tanto ao produto quanto ao operador.

A recente discussão promovida pela Anvisa sobre a revisão da IN-35/2019 reforça a necessidade de atualização das linhas assépticas no Brasil. Entre os temas abordados estiveram os sistemas de barreira, estratégias de controle de contaminação, teste de integridade pós-esterilização e monitoramento ambiental. Nesse contexto, projetos de retrofit de máquinas de envase assumem protagonismo por permitirem a rápida adequação às novas exigências regulatórias. Vale lembrar que quem faz parte do PIC/S também terá de se adequar a essas exigências em algum momento.

O processo de retrofit exige análise criteriosa da linha existente. Aspectos como ergonomia, pontos de intervenção, compatibilidade estrutural e fluxo de ar devem ser avaliados antes da implementação. Em experiências recentes da indústria internacional, mock-ups, simulações e ajustes ergonômicos foram fundamentais para garantir eficiência operacional e segurança durante a modernização de linhas de envase asséptico.

Adotar o retrofit traz benefícios relevantes:

  • Redução de custos frente à aquisição de novos equipamentos.
  • Menor tempo de execução em comparação com substituições completas.
  • Adequação às normas mais recentes, incluindo o Anexo 1 do GMP EU (EMA) e as revisões regulatórias nacionais.

Além desses pontos, um RABS agrega vantagens significativas às linhas de produção:

  1. Segurança do Produto
  • Redução da contaminação: cria uma barreira física (com vidros e portas) entre o operador e a área de envase, diminuindo drasticamente o risco de contaminação microbiológica e por partículas.
  • Ambiente controlado: mantém condições assépticas de forma mais confiável que um sistema de sala limpa isolada sem barreira.
  • Proteção durante intervenções: mesmo quando há necessidade de ajustes ou trocas de componentes, a barreira garante que a manipulação não comprometa o ambiente interno.
  1. Segurança do Operador
  • Menor exposição: operadores ficam protegidos de contato direto com produtos farmacêuticos de alta potência (HPAPI) ou agentes biológicos.
  • Redução do risco ocupacional: comparado a linhas abertas, diminui a chance de acidentes por inalação ou contato com substâncias perigosas.
  1. Compliance Regulatória
  • Atendimento às normas internacionais: FDA, EMA, ANVISA e normas ISO enfatizam cada vez mais a adoção de barreiras físicas para processos estéreis.
  • Facilitação de validações: o ambiente controlado é mais previsível e facilita a qualificação e monitoramento em auditorias.
  1. Eficiência Operacional
  • Menos falhas humanas: ao restringir o acesso direto, reduz a variabilidade e os riscos de erro.
  • Otimização da limpeza: menor volume de área crítica exposta significa menos tempo e custo com limpeza e descontaminação.
  • Flexibilidade: RABS pode ser implementado como upgrade em linhas existentes, sendo menos oneroso que um isolador completo.
  1. Custos e Viabilidade
  • Mais econômico que isoladores: oferece grande parte dos benefícios de um isolador, mas com custo de investimento, operação e manutenção menores.
  • Retorno sobre investimento: menos perdas por contaminação, maior eficiência produtiva e maior aceitação regulatória.

Para empresas farmacêuticas que buscam competitividade, investir em retrofit de máquinas de envase com aplicação de RABS representa não apenas uma solução técnica, mas também estratégica. É uma forma de assegurar conformidade regulatória e prolongar a vida útil dos ativos industriais, ao mesmo tempo em que se mantém a eficiência produtiva.

Se sua empresa busca modernizar linhas assépticas com soluções robustas e alinhadas às regulamentações mais atuais, a MGC Life Science pode apoiar nesse processo. Saiba mais acessando nossa página sobre RABS: mgclsc.com/rabs.

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